sábado, 28 de julho de 2012

Deus os Fez, Deus os Juntou e a mim também

Se bem me recordo conheci o Mário Viegas depois de um célebre espectáculo (Mário Gin-Tónico), no Festival de Almada de 1986, que durou cerca de quatro horas numa praceta ou beco em que montaram um palco e uma bancada para mais de 500 pessoas. Depois fomos cumprimentar o Mário (eu, a Manuela e o José Mário) ao camarim e foi aí que o conheci pessoalmente, porque já sabia o artista que ele era há muito tempo. Esse espectáculo foi feito quando o Mário estava no TEP, no Porto e veio a Lisboa fazer uma digressão (mais abaixo está o programa do Mário Gin-Tónico), que ele também fez na Barraca, na altura ainda no Rato. Mal eu sabia nessa altura que passado algum tempo andaria pelo país, com o Mário a fazer a segunda versão desse espectáculo e a fazer a iluminação para muitas das peças que ele levava à cena.


Mário Viegas x 4, mais a Manuela de Freitas a pintar-se e o fotógrafo Joaquim Lobo, todos 
reflectidos nos espelhos dos camarins do teatro da Comuna na Praça de Espanha em 1988. 
Foto copiada de O Jornal. 


Quando o Mário veio do Porto para Lisboa, fui eu que o fui buscar mais as suas coisas na carrinha do Zé Mário, a uma pensão onde ele vivia no Porto e transportei-o mais a Manuela que estava a trabalhar com ele, numa peça do Miguel Rovisco, para Lisboa. Passado uns tempos o Mário e a Manuela decidiram fazer a peça "Deus os Fez, Deus os Juntou" e o Mário convidou-me para fazer a minha primeira iluminação teatral (já tinha alguma experiência do Teatro do Mundo e em concertos do José Mário Branco e sobretudo sabia mexer em ferramentas e máquinas) e pelos vistos gostou, já que trabalhei com ele durante muitos anos e foi por isso que decidi iniciar este blog de homenagem ao Mário Viegas, pelo ano de 1988 e pela peça "Deus os Fez, Deus os Juntou", cujo título se refere á união do homem e da mulher e neste caso ao encontro de dois dos Maiores nomes do Teatro, da Poesia, do Cinema e da Cultura. 


Série de fotos feitas por mim em Évora antes da apresentação da peça "Deus os Fez, Deus os Juntou" no Teatro Garcia de Resende em 22-07-1988.


 Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.

 Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.


 Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.

 Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.

Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.

Eu e o Juvenal nas traseiras do Teatro Garcia de Resende em Évora, 22-07-1988.

Era numa carrinha igual a esta, oferecida pela Fundação Gulbenkian ao Mário (que nunca tratou de passá-la para o seu nome) para a digressão da peça "Deus os Fez, Deus os Juntou", que eu e o Juvenal Garcês, íamos no dia anterior ou no próprio dia da apresentação e montávamos o cenário e as luzes. Muitas vezes aconteceu virmos todos os cinco encafuados na carrinha logo após o final do espectáculo. Ainda tenho em casa uma carta da Fundação a protestar e ameaçar tirar a carrinha se ele não fosse tratar de passá-la para o seu nome. A foto da carrinha é do Arquivo Fotográfico da CML.

Mário Viegas e Manuela de Freitas em Évora, no Teatro Garcia de Resende em 22 de Julho de 1988, na peça "Deus os Fez, Deus os Juntou". A foto é da cena dos namorados que é toda passada num banco de jardim com uma lanterna pequena que representava a lua; esta iluminação foi feita com um só projector (dos grandes) tipo "follow spot", instalado no "galinheiro" do Teatro Garcia de Resende. À direita programa do Festival de Teatro de Almada de 1988, onde este espectáculo de Évora foi integrado.

Programa da apresentação em Alcanena em 11 de Janeiro de 1988. 


Noticia sobre a nossa ida á Holanda (não sei qual foi o jornal) e programa de um espectáculo em Amesterdão, esta pequena digressão foi organizada pelo Rui Mota e por uma holandesa (é pena, mas não me recordo o nome) que tinha vivido em Portugal e, se bem me lembro fizemos 3 ou quatro espectáculos em Amesterdão e um em Haia a capital, este de Haia teve de ser adaptado porque a sala era de dança e tinha montes de colunas, até no palco as tinha. Noutro espectáculo (na associação dos emigrantes) aconteceu uma daquelas coisas que alguns actores adoram; na cena do comboio quando o Mário Viegas tenta "aliciar" a Manuela, uma mulher do público faz-lhe sinal com a mão para não aceitar.

Mário Viegas e Juvenal Garcês fazendo horas para o espectáculo. Esta foto creio que foi tirada ou algures no Alentejo?; (é dentro de um pavilhão de ginástica de uma escola), ou pode ter sido num Liceu ali para os lados da Feira da Ladra. 

Reportagem do Jornal Sete sobre as nossas andanças pelo País. Clique para ler.

Chamada na capa do Diário Popular.

Grande reportagem de Eduardo Guerra Carneiro nas páginas 
centrais do Diário Popular em 13-07-1988. Clique para ler. 

Mário Viegas e Manuela de Freitas em foto para a imprensa. 

Juvenal Garcês, Manuela de Freitas, Adélia Loureiro, Mário Viegas e eu sentado. 
Foto de grupo na sala velha do Teatro da Comuna na Praça de Espanha.

Noticia em O Jornal e o meu texto da peça com indicações de luz.

Critica de Carlos Quevedo no jornal Independente. Clique para ler. 

Critica de Carlos Porto no Diário de Lisboa. Clique para ler. 

Declarações de Mário Viegas a O Jornal, num trabalho sobre viver sozinho, 1988. 
 A lenda indiana, foi aproveitada pelo Mário para a peça "Deus os fez, Deus os juntou". 

Manuela de Freitas e Mário Viegas, cena dos namorados.
. Foto encontrada na net 

Manuela de Freitas e Mário Viegas na cena do comboio.
Foto encontrada na net. 

Desenho do cartaz da peça. Quando estivemos na Comuna o Mário encomendou a uns alunos da escola de teatro da Comuna um cartaz grande para colocar no edifício da Comuna e eles fizeram o cartaz a partir deste desenho que ofereceram ao Mário, que mais tarde me ofereceu e que ainda está lá em casa, qualquer dia vai para o museu. 



Fala o Escorpião

Entrevista de Mário Viegas ao Jornal ilustrado, suplemento de O Jornal em 29-07-1988, feita por Fernando Assis Pacheco e fotos de Joaquim Lobo. Clique para poder ler.





Anúncio feito pelo Mário Viegas para os jornais.